Insólito... Percorria olhando para o vazio
Rumo incerto causava arrepios...
Deu várias voltas sem definição.
Não queria mais viver na prisão.

Os sonhos estavam presos
Sentia os pés pesados.
A mente fraquejava;
Não dormia apenas cochilava.

Sentia falta tua
Minha alma fria e nua.
Nada... Tudo vazio me aborrecia;
Á noite ainda mais fria.

A solidão prende a tristeza
Essa prisão não dá moleza.
Afeta os cincos sentidos;
Chora por qualquer motivo.

Insolente a dor aumenta
A solidão desafia e argumenta.
Tira do jardim o colorido da flor.
O amargo na boca é de fel o sabor.

O vazio intenso aliado a depressão
O coração tenso... Falta respiração.
A vida em caco sofre fragmentos.
No peito é só tormento.

Hortência Lopes