Já está tão distante o caderno
Hoje é tudo moderno.
Que saudade do bloco cheio de poesias.
Que ao lado da cama amanhecia.

Ao lado lápis de cor e giz de cera
Que pintava com bom humor na cadeira.
Apliques de cores alegres nos desenhos
Esboça flores e cachoeira pelo caminho.

A caligrafia eu menciono
Escrevia o cotidiano.
Transformava em verso a sensação.
E a abundante inspiração.

Em diferente gesto
A caneta e os lápis.
Exigiam coordenação;
E amor no coração.

O caderno era pintado
Com poemas ilustrados.
As poesias decoradas e declamadas;
Com emoção viva era divulgada.

Saudades do caderno diário cheio de emoção
Que guardava no coração
Querido e solicitado.
Havia segredo de amor... Bem guardado.

HORTÊNCIA LOPES