Parada perto da janela de madeira
A cortina ondulada pela suave brisa;
Olhava para a rua surgiu belo,
Olhar enigmático deixava a alma nua.

Olhar que percorria dos pés a cabeça
Entrava sem pedir licença.
Examinando fazendo uma descrição;
Anotava e olhava da janela do coração.

Sempre perto da janela da casa de madeira
Procura agora a porta verdadeira.
Aquele olhar entraria na minha vida.
Alucinada fiquei estarrecida!

Aquele olhar queria compromisso sério
Não sei qual é o mérito;
Até me assusta esse brilho.
Vejo sombra no meu trilho.

Tempo depois sentiu o meu temor.
Explicou o seu grande amor;
Era amor a primeira vista.
Aquele olhar cheio de charme,
Só pensava se ai concretizar a sua conquista.

Girei rodopiei como um pião
A cabeça fervia de emoção;
Aquele olhar da janela;
Conquistou o meu coração.

Hortência Lopes